Para esta sua 5ª incursão pelo Gare, a Hayes convidou Wrong Assessment. Fundador da AWRY e figura destacada da cena techno italiana, o milanês tem vindo a explorar as distintas facetas do género, por entre lançamentos em casas tão distintas como a M_REC e Clergy, Dynamic Reflection ou Edit Select Rec. Na Hayes deu-nos a conhecer “Pterygoid”, um Ep de batidas distorcidas e ritmos conturbados que invocam rituais de dança ancestrais e contemporâneos, e que tão bem assentam na nossa pista.
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Ao ouvirmos Temudo ficamos com a ideia que respira techno desde o início deste seu percurso musical, no entanto foi no drum & bass que deu esses primeiros passos. É provável que venha daí o meticuloso trabalho de sound design que imprime às suas produções e a dinâmica na utilização dos 3 decks quando sobe à cabine, numa abordagem contemporânea ao techno que o colocaram em casas definidoras do género como a Klockworks, Soma, Modularz, Mord ou Warm Up. Assumido construtor de puzzles na busca da mistura perfeita, Temudo regressa agora ao Gare nesta incursão do colectivo Hayes.
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Fresko desponta na cena electrónica nacional através da Warface, colectivo que se movia predominantemente nas franjas do UK bass e suas variantes. Já aí as aproximações com um techno livre de amarras se faziam sentir, e não foi com espanto que o vimos a integrar o catálogo da Hayes, primeiro com o tema de abertura do VA – K003 e mais tarde com o álbum “Is It”, onde explora as diversas dimensões do género.
Com sets desenvoltos e construídos a diferentes velocidades, Fresko envolve-nos num turbilhão sonoro em que dificilmente conseguimos sair.