Chegámos aos 11, 132 ciclos lunares vividos da forma que melhor sabemos: em comunhão e com vocês. Para celebrarmos tal ocasião depressa se nos afigurou um nome capaz de reflectir todo um percurso e de gerar tamanho consenso. Michael Mayer é um dos nossos e entregamos-lhe a cabine de olhos fechados, toda a noite, só para nós É-nos difícil fazer um apanhado das últimas duas décadas da música de dança sem referir o seu nome. Como fundador da Kompakt Records não só levou o denominado som de Colónia aos 4 cantos do mundo, como tem vindo a servir de porto de abrigo a dezenas de editoras que, a partir da cidade oeste alemã, veem as suas rodelas de vinil distribuídas a uma escala global. Mas é sobretudo na cabine que chegou à maioria de nós, com DJ sets abertos a todo um universo musical e que buscam no passado as direcções do futuro, autênticas lições de história com os pés bem assentes no presente. O mesmo discurso pode ser aplicado quando ouvimos o seu trabalho em estúdio, quer a solo, como ao lado de Superpitcher em formato Supermayer, ou mesmo em "&", álbum partilhado com referências como Miss Kittin, Agoria, Gui Boratto e muitos outros. Afável e comunicativo, Michael Mayer representa tudo aquilo que acreditamos enquanto divulgadores da cultura electrónica, um Senhor que recebemos mais uma vez de braços abertos.