Inicio dos anos 90. Numa Detroit em declínio acelerado pelas políticas da era Reagan, surgia um colectivo socialmente militante que fazia, também da música, uma arma de arremesso político. Jeff Mills, “Mad” Mike Banks e Robert Hood eram então os Underground Resistance e davam corpo à segunda vaga do Techno de Detroit. Com um pai músico de Jazz e mãe cantora de R&B, Hood embrenhava-se nos discos da visionária Motown, onde Isaac Hayes, Marvin Gaye ou Curtis Mayfield lhe serviam de guias, vindo a contaminar a sua sonoridade enquanto artista focado no Techno e House. Nessa mesma década cria a M-Plant, onde tem vindo a editar grande parte do seu trabalho, em nome próprio ou como Floorplan, mas também podemos encontrar registos na Tresor, Axis, Peacefrog, Music Man e mais recentemente Dekmantel, sempre apostado em dar um passo em frente quanto à renovação do género. Ao longo do tempo Robert Hood tem-se vindo a mostrar um fiel depositário do legado de Detroit, continuando a inovar e elevando o Minimalismo a forma de arte. Nesta sua aparição entre nós por certo não será diferente.